sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Contigo

           Estás aqui, naquele lugar que sempre foi teu, bem dentro de mim. Pensei muitas vezes que esse lugar não existisse, mas está aqui, e, ao olhar para ti, sei que sempre o soube, que sempre aqui esteve, à tua espera, que é feito à tua exacta medida. Gosto de ti hoje mais do que gostava ontem, menos do que gostarei amanhã.
            Amo-te com loucura, amo-te ao infinito, como se mais fosse impossível. Nasci com este dom de te amar, este síndrome que só a mim acossou. Não me liberto deste aperto que sinto no peito, desta fome de ti. Aprisionado neste vício de ti, sinto-me impotente para deter o colosso que é amar-te assim.
            Estas palavras que agora escrevo são lágrimas feitas de paixão, caídas destes olhos que só te vêem a ti. São chamas que queimam as mãos que te desejam acima de tudo, são o desejo dos teus olhos, que iluminam a minha noite com o brilho da lua cheia. Estas são as palavras que nunca serei capaz de segredar ao teu ouvido, por me doer demasiado largar o sabor dos teus lábios, sangue que me corre nas veias e me faz viver.
            É esta a força em mim que me guia a ti, és o meu principio, o meu rumo e o meu fim. Perdoa o mau jeito das palavras, mas tu és o azul do meu céu e eu não sei como dizê-lo.

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