quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Mau pressentimento

Já estou em casa, finalmente. Ontem escrevi até perto das 6 da manhã, e levantei-me às 7 e meia. Não dei pelo tempo, passou demasiado rápido para que o pudesse ver ou entender. Levantei-me e fui trabalhar, sem tempo de beber um café sequer. Andei a manhã inteira a tentar segurar as pálpebras, que teimavam em fechar-se, subjugadas ao peso das pestanas. Aguentei, com estoicismo, até à hora do almoço. Piquei o cartão e fui prego a fundo para casa. Engoli um prato de açorda e meia dúzia de petingas fritas em menos de nada. Nem sobremesa quis. Corri para o sofá e recostei-me, pronto a fechar os olhos e deixar-me levar por um breve sono. Já a mente se entranhava na terra dos sonhos quando o despertador toca. É hora de levantar, falta cumprir mais meio dia de trabalho árduo. Paro no café e bebo logo dois cafés de seguida. O efeito da cafeína acabou por se manifestar. Foi muito mais suportável a tarde que a manhã.
Devia deitar-me um pouco agora, descansar. Já tentei, mas não consigo. talvez devido ao cocktail de nicotina e cafeína, mas não só. Acontece que o dia poderia ter sido tão banal quanto todos os outros, mas algo estava diferente, senti-o desde que acordei. Um aperto no peito, um medo indescritível de qualquer coisa grave que está para acontecer, nem sei o quê, toldou-me o discernimento e a concentração. Ainda carrego esse aperto no peito, algo está para acontecer, e não vai ser agradável, depois vos conto.

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