Um dia de azáfama, foi o que foi. Andei feito barata tonta de um lado para o outro, ora aqui, ora ali, sempre em movimento. Acabei por chegar tarde a casa, e tive de sair logo de seguida - tinha um compromisso inadiável.
Fui visitar alguém que não via à longa data, daquelas pessoas que vemos de mês a mês, mas que vimos a vida toda (ou perto). Soube-me bem conversar um pouco sobre coisas tão interessantes como futebol, ou o cão do vizinho que "ia" sendo atropelado, mas não foi. Dei por mim, a meio do parlapié, naquele estado de consciência em que o corpo parece escapar às leis da física e a mente divaga numa realidade diversa. Enquanto debatíamos algo muito interessante, que de momento não recordo, senti uma felicidade serena, senti que o que quer que estivéssemos a falar tinha pouca importância, senti que estava a partilhar algo mais profundo que um amontoado de palavras, senti-me bem, feliz por poder partilhar aquele momento.
Na loucura do dia-a-dia, um momento de paz interior é algo extraordinário. É um prazer estar contigo, quero mais.
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